sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Steve Forbes reconhece o mercado de domínios

Steve Forbes, CEO da Forbes e ex-candidato a presidência dos Estados Unidos será um dos palestrantes no evento TRAFFIC em outubro.
Veja a opinião de Forbes sobre o mercado de registro de dominios:

Tráfego de Internet e domínios são os principais patrimônios no século 21. Este mercado amadureceu e usuários, marcas, investidores e organizações que não perceberem sua importância ou valor estarão perdendo várias oportunidades importantes.




Steves Forbes

Magnata americano, diretor executivo (CEO) da mais conceituada revista na área financeira do mundo (Forbes Magazine) e do portal da internet Forbes.com, gurú de um dos homens mais poderosos do mundo, o bilionário indiano Ram Charanex. Foi candidato à presidência dos EUA nas primárias de 2000.

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Importância do nome de domínio

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Primeiras imagens do Google Health

LINK ORIGINAL no UNDERGOOGLE

Rumores de muito tempo atrás já reportavam o interesse da Google em construir um serviço para ajudar médicos e pacientes no diagnóstico de doenças, e armazenamento de informações clínicas.

Segundo o próprio
“Weaver” mostra a idéia da empresa para reunir e disponibilizar informações médicas que poderiam ajudar governos e médicos a organizar a saúde da população.

Veja algumas telas abaixo:


Não há uma previsão para o lançamento oficial do serviço, nem afirmações se a interface apresentada sofrerá mudanças. Os domínios google.com/health and google.com/healthcare já estão criados, porém somente funcionando como redirecionamento.

Veja mais imagens e maiores informações no Google Blogoscoped

LINK ORIGINAL no UNDERGOOGLE

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sábado, 22 de setembro de 2007

Como o Google Docs cresceu dentro do Google

Original em inglês: Official Google Docs & Spreadsheets Blog
Ken Norton, Product Manager, Google Docs & Spreadsheets
28 de agosto, 2007

Quando lançamos o Google Docs (textos e planilhas) há poucos meses, pensávamos em como divulgar a ferramenta e conquistar usuários dentro da própria empresa inicialmente. Deveríamos lançar uma competição? Espalhar posters? Mas antes que soubéssemos, algo interessante aconteceu -- nossos "Googlers" simplesmente já estavam usando a ferramenta.

Eles não precisaram ser encorajados a reduzir o número de anexos enviados por email. Não foi preciso dizer a eles que ter uma única cópia de seus documentos reduziria confusões e permitiria o acesso fácil de qualquer navegador de Internet. Eles não precisaram de modelos de demonstração dizendo como importar ou exportar para os programas tradicionais de texto e planilhas. E finalmente, não foi preciso dizer a eles que isso mudaria a maneira de trabalharem em grupo.


No Google, é comum usarmos os nossos próprios produtos internamente. No linguajar da indústria de software, nós "comemos a nossa própria comida de cachorro" ("we eat our own dog food"). (Nós imaginamos que nossos produtos são melhores que rações, mas vamos deixar isso de lado por agora.) Isso é especialmente verdadeiro para o Google Apps. Nós usamos o mesmo produto que todos. Como você deve imaginar, poucas ferramentas no mundo corporativo são mais importantes que o email, agenda, edição de documentos e mensagens instantâneas, assim, um voto de confiança de nossos colaboradores significa muito. Como nós usamos todos os aplicativos do Google Apps todos os dias, nós experimentamos em primeira mão o que funciona e o que não, e aplicamos esse conhecimento para tornar os produtos melhores.

Aqui estão algumas estatísticas: 87% dos funcionários do Google em todo o mundo usaram o Google Docs na última semana e 96% usaram no último mês. Nós "Googlers" criamos e compartilhamos mais de 370.000 documentos de texto e planilhas e criamos mais de 3.000 novos documentos todos os dias.

De fato, eu escrevi este artigo e compartilhei com colegas usando o Google Docs, há poucos instantes.
Se isto funciona para a gente, certamente vai funcionar para você também.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Menina de 17 anos cria empresa milionária na web

Fonte: Artigo publicado no Terra Tecnologia.
18 de setembro de 2007

FastCompany.com/Reprodução

Ashley Qualls já ganhou, aos 17 anos,
seu primeiro milhão de dólares


Ashley Quall, uma americana de 17 anos, descobriu como transformar a febre pelas redes sociais em dinheiro. A garota de Detroit criou uma empresa para a criação de páginas personalizadas para o popular portal MySpace.

Segundo o site TG Daily, o site de Quall, chamado whateverlife.com, recebe mensalmente entre seis e nove milhões de acesso, o que rendeu à companhia, em 2006, lucro de US$ 1 milhão.

O valor surpreende, principalmente pelo investimento inicial da adolescente: apenas US$ 8, que pegou emprestado com a mãe para a compra do domínio. O foco da empresa hoje é o público feminino, e chega a ser mais popular que grandes companhias voltadas para o mesmo público, conforme noticiou o site Tech.Blorge.

Em entrevista ao jornal Crains Detroit Business, a nova empresária diz que as adolescentes que procuram seus serviços querem estar conectadas e com sua pouca idade atrai outros jovens que acreditam que serão melhor entendidos.

Embora a empresa tenha apenas dois anos, o interesse de Ashley por páginas personalizadas no MySpace começou em 2004, quando ela tinha apenas 14 anos, e começou a criar modelos para seus amigos. Os trabalhos foram inseridos em um site.

Em 2005 a popularidade de seus templates se tornou tão grande que exigiu a contratação de um servidor dedicado. Para financiá-lo, a jovem inseriu a ferramenta de publicidade Adsense, da Google, em suas páginas, o que rendeu seu primeiro cheque de US$ 2.790.

A demanda aumentou e, em janeiro de 2006, a jovem precisou sair da escola para se dedicar em tempo integral ao negócio, que hoje rende entre US$ 40 mil e US$ 70 mil ao mês, e recusou uma generosa oferta de US$ 1,5 milhão de uma parte agindo em nome de Brad Greenspan, co-fundador do MySpace.

Uma proposta posterior da mesma parte, também recusada, envolveu o pagamento de US$ 700 mil, um carro no valor de US$ 100 mil e um programa na Internet com orçamento de US$ 2 milhões. A jovem recusou as propostas milionários por querer ver até onde uma companhia criada do zero poderia chegar.

"Se eu quisesse fazer um programa na Internet, poderia fazer por mim mesma. Eu tenho a audiência", declarou Ashley à revista Fast Company. As páginas personalizadas de Quall são oferecidas gratuitamente, o que aumenta o interesse e permite que seu lucro seja inteiramente baseado em anúncios. Do dinheiro recebido, a maior parte do investimento vai ao próprio site, exceto por um salário de US$ 2 mil que a garota se atribuiu.

O próximo projeto de Quall é que seu portal esteja disponível para celulares, com templates que serão vendidos por valores entre US$ 0,49 e US$ 1,99, ou através de um plano mensal de US$ 9,99.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Você não pode se desgooglar

Fonte: Época Negócios


Vivemos um momento de transição. A expansão da internet e o seu potencial na versão 2.0 deram às pessoas um poder de escolha nunca antes experimentado. Em poucos cliques, os internautas conseguem acessar uma infinidade de produtos nas milhares de lojas virtuais e conhecer artistas em sites de músicas que nunca conseguiriam um bom espaço nas lojas convencionais. Notabilizado por Chris Anderson no livro A Cauda Longa, de 2006, esse fenômeno começou a ser discutido há 13 anos, quando o executivo de publicidade Don Peppers debatia com a PhD Martha Rogers o impacto da interatividade nas empresas.

No livro Marketing One to One, a dupla estava na vanguarda ao defender a necessidade de reavaliar o modelo de marketing de massa. Seria melhor dar um tratamento especial aos clientes e consumidores sintonizado com suas preferências e necessidades. Os parceiros fundaram a consultoria Peppers & Rogers Group e escreveram outros quatro livros destrinchando o tema. A empresa cresceu: tem hoje oito escritórios internacionais. Reunidas, as cinco publicações já venderam um milhão de cópias no mundo.

É sucesso sólido. Em junho, Don Peppers, 54 anos, esteve em São Paulo e falou durante duas horas para uma platéia de cem pessoas com um estilo energético. Época NEGÓCIOS aproveitou a oportunidade para discutir as possibilidades e os problemas criados pelas novas tecnologias para o futuro do marketing e do universo corporativo. "A má reputação espalha-se rapidamente, e você não pode se desgooglar", diz. Ou seja, uma notícia negativa sobre a sua empresa será publicada na web, e você não conseguirá apagá-la.

Dentro das corporações, os funcionários também estão interconectados e tornam ultrapassada a hierarquia tradicional. No lugar, ele propõe motivar e dar poder para que os funcionários participem mais do rumo da empresa. Com a sua experiência profissional e pessoal - é casado há 30 anos -, explica de onde vem tanta insatisfação dos profissionais da sua área com os resultados das campanhas. "São otimistas e prometem além da conta", afirma. "O segredo da relação com o cliente é o mesmo de um casamento: baixas expectativas."


Época NEGÓCIOS - Quais as tendências do relacionamento entre empresas e clientes para as quais as empresas devem ficar atentas?

Don Peppers - Nunca os clientes estiveram tão interconectados por sites de opiniões e blogs. Isso muda a dinâmica do marketing. É ainda mais importante merecer a confiança do cliente ao fazer o que é certo para ele. Uma má reputação se espalha imediatamente, e você não consegue se desgooglar. Outro aspecto é o desaparecimento da estrutura hierárquica tradicional das organizações com as novas tecnologias. Funcionários também estão cada vez mais interconectados por intranets, e-mails e programas de colaboração. Eles se organizam em grupos que não obedecem a estrutura da empresa para discutir assuntos de seu interesse particular. Para gerenciar essa nova organização, é preciso valorizar a cultura informal de seus empregados para que eles tenham as motivações certas. Por último, o ritmo de mudança é frenético, e ser inovador e adaptável ao que acontece à sua volta é essencial. Estudantes me perguntam o que aprender para ter sucesso no futuro. Mas o que estudarem agora será irrelevante em cinco anos. Eles devem aprender a aprender. Esse conselho também serve às empresas. Uma organização rígida está vulnerável. Só sobreviverão aquelas que se reinventarem sucessivamente com inovação.


NEGÓCIOS -Como a empresa pode incentivar a inovação?

Peppers - Você não pode controlar a inovação. Apenas estabeleça as condições necessárias para que aconteça. A maneira de fazer isso é ter funcionários motivados e criativos. Daí em diante, os deixe agir. Não os direcione tanto. Temos sorte de ainda ter funcionários. Em dez anos, poderemos não tê-los. Haverá apenas parceiros independentes que serão seus funcionários em uma tarefa por semanas ou até dias. Enquanto isso não acontece, extraia boas idéias dos deles. Organizações não têm idéias, seres humanos têm. Para isso, celebre a diversidade e incentive a divergência respeitosa. Os funcionários também precisam ter a autoridade para agir. A Gore, fabricante de coletes à prova de balas, é inovadora porque os funcionários criam novas aplicações para os produtos. Não é a companhia que determina como inovar. No Google, por exemplo, os funcionários têm um dia na semana para trabalhar no que quiserem. É quando criam novas idéias, e são muitas.


NEGÓCIOS - Então o Google e a Gore são exemplos de empresas que adotaram o conceito de responsabilidade autônoma, o qual o senhor acredita ser essencial para uma empresa do século 21?

Peppers - Sim. O termo foi esmiuçado por Gerard Fairtlough, autor do livro How To Get Things Done: Hierarquy Is Not The Only Way. Ele diz que a empresa moderna não pode depender de estruturas hierárquicas para controlar funcionários. Há 20 anos, muitas pessoas faziam trabalhos rotineiros como contabilidade e relatórios, porque não havia os computadores de hoje. Fazia sentido haver uma hierarquia tradicional para que eles seguissem regras e uma rotina. Mas isso mudou com as novas tecnologias. Hoje, essas funções foram automatizadas, e a maioria dos funcionários toma decisões subjetivas, como avaliar o que um cliente está disposto a comprar. Por isso, é preciso confiar nas suas intenções, sabedoria e criatividade. Eles precisam ser autônomos e responsáveis para decidir.


NEGÓCIOS - Em sua palestra, o senhor mencionou a importância de obter a confiança do seu cliente para ser capaz de inovar. Por quê?

Peppers - Pesquisas indicam que o cliente valoriza mais uma companhia em que confia. E empresa consegue ser mais valorizada sempre que oferece um serviço ao cliente que melhore sua qualidade de vida. Ganhar essa confiança também é uma boa plataforma para construir uma cultura corporativa saudável. Será nela que os funcionários criarão idéias inovadoras.


NEGÓCIOS - Antigamente as empresas desfrutavam de longos períodos de sucesso. O senhor acredita que isso acabou e agora esses períodos são curtos e sucessivos. Como fazer para criar estes períodos?

Peppers - Isso ilustra a importância da inovação e da adaptabilidade de uma organização. Se não se inovar constantemente, você trabalhará uma determinada inovação por um tempo, não criará algo novo e de repente tudo se acaba. A Western Union sofreu desse mal. Nunca criou nada relevante para substituir o telegrama. Quando os telegramas desapareceram, a companhia desapareceu. As empresas acham que mudanças radicais vão destruir seu negócio e que sempre dá para se transformar aos poucos. Eu trabalhei em uma empresa de trens nos anos 50. Era um ótimo negócio de transporte de passageiros, um mercado dominado hoje pelas empresas aéreas. Pense em uma empresa de trens que tenha se tornado uma empresa aérea de sucesso. Com exceção da canadense CP Airways, nenhuma fez esta transição. Eram empresas em falência que mesmo assim não mudaram. É preciso estar atento ao que acontece à sua volta, e as ferramentas de marketing ajudam justamente a ter essa percepção. Elas não mudarão a sua cultura corporativa ou ajudarão a inovar, mas darão uma visão do futuro do seu negócio.


NEGÓCIOS - Quando falamos na web 2.0, temos novos recursos como as redes sociais e os links patrocinados. Quais dessas ferramentas são úteis?

Peppers - Estamos em um estágio da internet em que as interações são iniciadas pelo próprio cliente, seja com a própria empresa ou com milhares de outros clientes. É algo que faz da internet um mecanismo social e transforma o marketing. Gosto dos links patrocinados porque eu intercepto o consumidor no momento em que ele procura algo relacionado com a minha oferta. Mas as empresas não devem forjar a participação em mídias sociais, como blogs, Wikipédia, Orkut, para falar bem do seu negócio. Uma companhia que enchia seu próprio blog com opiniões positivas acabou se prejudicando quando a verdade veio à tona.



NEGÓCIOS - Quando o senhor começou a falar em marketing um-a-um, as potencialidades da internet mal se definiam. Que sinais levaram o senhor a concluir que o marketing de massa estava ultrapassado?

Peppers - Tudo começou quando tentei imaginar como um profissional de marketing usaria o retorno dado pelos consumidores se a interatividade fosse possível. O que Martha e eu concluímos foi que a informação que o marketing de massa receberia de volta de um cliente interativo seria inútil se fosse uma informação sobre apenas um indivíduo. Na época, comecei a observar minha experiência pessoal. Meu trabalho era conseguir novos clientes para a agência de publicidade para a qual eu trabalhava. Quando eu ligava para executivos, anotava o que eles me contavam para saber quem eram quando eu falasse de novo com eles meses depois. Minha meta era construir um relacionamento. Imaginei o mesmo para o marketing de massa. Quando ele pudesse interagir com os consumidores, todos poderiam se aproveitar desse poder dos relacionamentos.


NEGÓCIOS - O marketing de massa vai morrer?

Peppers - Não, não acho que algum dia vá morrer, mas a sua importância relativa está em declínio. Há algum tempo, o único jeito ser bem-sucedido comercialmente era fazer um produto pedido da mesma forma por muitas pessoas e propagandeá-lo de forma barata para milhões. Mas agora há inúmeras empresas, especialmente do mundo virtual, que não se restringem ao marketing de massa. Acho que o Google nunca gastou nada em campanha desse tipo e é o negócio mais bem-sucedido hoje. Em países em desenvolvimento como o Brasil, esse declínio ocorre num ritmo mais lento. Mas, em todo mundo, vemos o marketing de massa sendo sobrepujado pelo poder de mensagens individuais e interativas pela internet e pelo celular. São modos cada vez mais conhecidos, estudados e refinados de fazer marketing um-a-um.



NEGÓCIOS - O senhor enfatiza de maneira recorrente que as empresas precisam conhecer cada cliente. Com toda tecnologia à disposição, isso ainda não é realizado pela maioria das empresas. Por quê?

Peppers - Porque as empresas preferem postergar uma inovação e manter seus custos baixos quando percebem que a concorrência não poderá ameaçá-las. Ao implantar uma novidade, a companhia entra em vantagem em relação aos concorrentes. Mas quando os outros a incorporam, volta à estaca zero e com mais custos. Esse é o raciocínio hoje. As companhias também não querem transformações gigantes, porque põem em xeque toda a estrutura da organização e são arriscadas. Implantar o marketing um-a-um é uma transformação gigante porque coloca o foco da publicidade sobre o indivíduo e não sobre o produto. Um exemplo desse cenário são os bancos no Brasil, que ganham muito dinheiro, mas têm péssimos serviços. Por que eles não adotam estratégias de fidelização bem-sucedidas no mundo? Porque nenhum concorrente adotou. O banco brasileiro não entende que poderia ganhar benefícios permanentes ao ser pioneiro. O fato é que a maioria das empresas não quer ser dramaticamente inovadora, quer continuar a fazer o que faz bem. O lema equivocado é: se não está quebrado, não tente consertar.


NEGÓCIOS - O senhor acha que a fidelidade dos consumidores a produtos, marcas e serviços foi para o espaço, definitivamente? Como construir marcas-ímãs para os consumidores neste cenário tão difuso de inúmeras mídias e concorrência alucinada?

Peppers - Fidelizar clientes é muito difícil, e só algumas empresas se esforçaram para isso. Conquistar a lealdade dos clientes é o caminho mais curto e direto para ter um negócio de longo prazo. Você ganhará dinheiro hoje e no futuro porque o seu cliente não irá abandoná-lo e irá indicá-lo para amigos e familiares. Mas a fidelização não é algo natural para a maioria. Mesmo quando o cliente não precisa de uma mercadoria, o vendedor insiste até concluir a venda. Nesse caso, para conquistar a confiança daquele consumidor, o vendedor deveria convencê-lo a não comprar. Esta é uma ótima proposta, mas requer coragem. No segundo trimestre de 2006, houve uma pequena queda nas vendas da Apple. Constatou-se que a empresa orientava seus funcionários de call center a não vender o Apple PowerPC para quem preferisse a versão com o chip Intel. É um ótimo exemplo de como se priorizar o interesse dos clientes.



NEGÓCIOS - No Brasil, as reclamações contra maus serviços das empresas proliferam nos serviços de defesa do consumidor. Qual método seria o mais indicado para contabilizar as conseqüências desses maus serviços?

Peppers - A empresa não pode ter um modo unidimensional de contabilizar esse efeitos. Muitas companhias medem isso pelo número de pessoas que se dizem muito satisfeitas ou satisfeitas. É melhor usar a Net Promoter Score criado por Fred Reichheld, autor de A Questão Definitiva. Ele sugere uma nova métrica baseada em uma única pergunta: na escala de um a dez o quão disposto você estaria de nos recomendar a amigos ou colegas? Quem responder nove ou dez serão aqueles muito dispostos a fazê-lo, os chamados promotores. Quem responder de seis para baixo não irá indicá-lo ou até mesmo falará contra você, os chamados detratores. Pegue a porcentagem de promotores e subtraia a porcentagem de detratores e esse será o seu Net Promoter Score. Se ele for positivo, seu negócio provavelmente irá crescer. Caso contrário você gastará muito dinheiro conquistando novos clientes para substituir aqueles que você está perdendo.


NEGÓCIOS - Anos atrás, a revista Fortune relatou o caso de um porteiro que pegou um trem só para entregar uma mala para um cliente que havia esquecido ao deixar o hotel. Fez isso porque foi treinado para fazê-lo. Ainda existem empresas assim? Poderia citar nomes de algumas e de suas práticas?

Peppers - Empresas como a rede de lojas de departamentos Nordstrom. Certa vez, uma cliente queria seu dinheiro de volta porque os pneus comprados apresentaram defeito depois de oito mil quilômetros. Como era uma ótima cliente, o vendedor devolveu o dinheiro. Mas a questão é: a Nordtrom não vende pneus. Mesmo assim, o presidente da empresa ficou orgulhoso do vendedor, que tornou a cliente mais leal. Os seus gastos no futuro compensariam aquele valor devolvido. Outro caso: um amigo meu bebia no lobby do hotel Ritz Carlton de Nova Orleans quando um colega pediu uma cerveja pouco conhecida. O garçom anotou o pedido e trouxe a cerveja. Depois, descobriram que o hotel não tinha a marca. Em vez de fazer o mais fácPublicar postagemil e pedir ao cliente para escolher outra no cardápio, o garçom foi ao hotel vizinho para comprar a cerveja. Você não pode ordenar que seus funcionários ajam assim. Eles precisam ver essas situações como um problema e querer dar uma solução criativa. Mas eles só farão se sentirem que têm um propósito ao trabalhar na sua organização. E isso não se coloca no manual do funcionário.


NEGÓCIOS - Na sua palestra, o senhor citou uma pesquisa de 2004 do Chief Marketing Officer Council com 320 executivos que aponta que menos de 20% estão satisfeitos com os resultados obtidos. Por que tanta insatisfação?

Peppers - Estão insatisfeitos porque querem alguma certeza de que os gastos trarão retorno. Isso é impossível na maioria das vezes porque metade dos benefícios vem da fidelidade do cliente a longo prazo. Você não sabe se um anúncio agregará mais valor a sua marca do que o outro. Eles também estão insatisfeitos com os resultados das campanhas publicitárias, pois criam uma grande expectativa em torno do produto e não conseguem entregar o valor prometido. O segredo da relação com o cliente é o mesmo de um casamento: criar baixas expectativas.


NEGÓCIOS - A dupla Peppers e Rogers já virou uma marca do pensamento sobre o marketing, mas não é tão fácil encontrá-lo com Martha. Como é a dinâmica de trabalho de vocês?

Peppers - Conheci a Martha em uma conferência sobre o futuro do marketing em 1991 em Ohio, nos Estados Unidos. Depois da minha palestra, ela me propôs escrever um livro sobre o tema. Como somos parceiros há tanto tempo, muitos pensam que somos casados. Não poderiam estar mais enganados. Nós apenas trabalhamos bem em dupla. Escrevemos juntos todos os nossos livros e depois cada um faz a sua revisão. Mas somos muito diferentes pessoalmente. A Martha é uma intelectual; eu venho do mundo dos negócios. Não somos amigos íntimos. Se fôssemos vizinhos, não a convidaria para jantar na minha casa. E ela diria o mesmo de mim.


NEGÓCIOS - Vocês já estão trabalhando em um próximo livro?

Peppers - Sim, será sobre as transformações na relação das empresas com clientes e funcionários, cada vez mais interconectados pelas novas tecnologias. O titulo será Rules to Follow And Laws To Break, porque tratará de três premissas erradas no marketing hoje: produtos e serviços criam valor, um papel reservado ao cliente; um bom marketing é capaz de conquistar os clientes, mas há menos clientes disponíveis do que pensamos; e o sucesso se traduz nas vendas quando na verdade está na criação de valor a longo prazo para a empresa. Será publicado em dezembro nos Estados Unidos.


NEGÓCIOS - O lema do Peppers & Rogers Group é "Ganhe dinheiro, se divirta e transforme o mundo". O senhor acredita que ao longo desses 14 anos já conseguiu mudar o mundo?

Peppers - Sim, podemos dizer que a revolução do marketing um-a-um avançou muito com o nosso trabalho. Há pelo menos cem empresas que orientaram o seu marketing desta forma desde que desenvolvemos esse conceito. Cerca de 50 pessoas me disseram que, depois de lerem nosso primeiro livro, começaram os próprios negócios, como as agências de propaganda e marketing online DoubleClick, de Kevin OConnor, e a Yoyodine, de Seth Godin. Quando Godin estava contratando, ele até colocou o livro como leitura obrigatória em seu anúncio de emprego no jornal The New York Times. Então, acho que tivemos um impacto no mundo e estou feliz com o que fizemos até agora.


Fonte: Época Negócios

Extraído de: Feiras do Brasil

sábado, 1 de setembro de 2007

Estudante quer juntar US$ 1 milhão vendendo pixels na Internet

Fonte: Artigo publicado no Terra Tecnologia
LINK PARA O ORIGINAL

Um estudante declarou já ter ganho US$ 156 mil vendendo microanúncios em sua página (até a tarde desta segunda-feira). Detalhe: o endereço não dispõe de conteúdo algum além das próprias propagandas. O objetivo é arrecadar US$ 1 milhão para garantir as despesas com a faculdade.


Alex colocou foto no site para provar que existe

O sistema de Alex Tew é bastante simples: ele vende blocos de um pixel - unidade de medição gráfica de tela - por U$ 1 cada. A aquisição mínima é de 100 pixels. A idéia de vender pequenos anúncios para outros sites e empresas se espalhou e já gerou até clones - inclusive no Brasil.

Alex Tew tem 21 anos de idade e mora em uma pequena cidade chamada Wiltshire, na Inglaterra. De acordo com a seção de Perguntas e Respostas do site, ele começará a estudar Gerenciamento de Negócios a partir do final de setembro, e não quer ficar endividado. "Conheço gente que ficou pagando os estudos durante 15, 20 anos depois de ter se graduado", justifica.

Para quem quiser dar uma olhada na página, o endereço é www.milliondollarhomepage.com.

Redação Terra