terça-feira, 20 de março de 2007

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20/03/2007

terça-feira, 6 de março de 2007

55 milhões de blogs não podem estar errados

T.S. Kelly: "55 milhões de blogs não podem estar errados"
Diretor da Media Contacts falou sobre a transformação do consumidor
rumo à mídia no Proxxima 2007
Original: Meio & Mensagem

Alisson Avila
06/03/07 - 15:01

Com a difícil tarefa de apresentar uma conferência de tema tão amplo ("O Consumidor Virou Mídia: Como dominar esta nova ferramenta?"), o vice-presidente e diretor de pesquisa & insight da Media Contacts, T.S. Kelly, não decepcionou o público do Proxxima 2007 - Encontro Internacional de Comunicação Digital, que segue sua programação nesta terça-feira, 06, no World Trade Center (WTC) em São Paulo. Recheada de exemplos, índices e informações, a conferência deixou um agradável clima de confusão na platéia, que foi bombardeada por todos os tipos de dados.

Após lembrar que a internet não pode mais ser chamada de mídia acessória, por conta de seus índices de penetração e da relevância que o meio já possui quando comparado à jornais, revistas e TV, Kelly apontou uma pesquisa que perguntou às pessoas "qual marca exibida num comercial de televisão que você lembra espontaneamente". Em 1965, 34% dos entrevistados lembravam de alguma; em 86, o número caiu para 12%, e chegou abaixo dos 10% no ano 2000. Ele citou outro levantamento indicando que, entre todas as mídias, é a TV (53%) quem mais vai perder importância nos próximos anos.

"Isso também acontece porque o impacto social do uso da banda larga em grande escala ainda não está totalmente dimensionado", afirmou Kelly, acrescentando que "a web 2.0, com seus compartilhamentos e colaborações, cria tantos projetos e modelos de comunicação na internet que apenas isso já seria um universo novo, a despeito do uso de computadores para assistir programação audiovisual". Ao relativizar a explosão dos blogs, ele sentenciou: "é impossível que um meio que recebe 100 mil novos adeptos por dia e que hoje já passa dos 55 milhões de endereços na web seja inteiramente ruim".

O material criado por consumidores foi novamente destacado, mas em um passo à frente. O representante da Media Contacts lembrou que além de todos os sites de vídeos e dos comerciais do Super Bowl produzidos por internautas e exibidos na TV aberta, séries e comerciais "amadores" com bom nível de produção começam a pipocar aqui e ali. Ele citou e exibiu vários exemplos: um dos mais notáveis é uma propaganda de TV criada por dois rapazes na Inglaterra para o VW Polo que, de fato, poderia passar em qualquer break "oficial". Basta procurar no You Tube como "VW Polo Terrorist" para comprovar - clique aqui para assistir.

Entre tantas tendências, Kelly aterrissou o público ao lembrar que, "passada a lua de mel", chega a hora de mensurar resultados – não à toa, já que a Media Contacts trabalha com compra e planejamento de mídia e diversas ferramentas de aferição de campanhas. Tanto é assim que, para não ser caracterizado como bureau de mídia no Brasil, o escritório da Media Contacts conta com departamentos de criação, produção e planejamento.

Kelly passou algumas recomendações aos empresários, ao dizer que nem todas as marcas fazem sentido online e offline simultaneamente. Ele deu o exemplo de uma campanha do espumante Chandon na Argentina que, diante da meta de fidelizar público e criar relacionamento, poderia ter obtido melhores resultados em um plano de CRM do que na criação de redes sociais envolvendo a marca na web – a opção escolhida e que frustrou expectativas.

O executivo deu as seguintes sugestões aos empresários:

– Não se apavore; você não é o primeiro a fazer tudo isso e muitas outras empresas já estão fazendo
– Mantenha o público-alvo em mente: promova campanhas sociais na internet que façam sentido (o que inclui, por exemplo, o uso do bom senso diante da febre de novas inserções empresariais no Second Life)
– Crie extensões naturais de relacionamento da marca com o público
– Não há problemas em testar e experimentar. Se não der certo, parta para outra
– Autenticidade é tudo: é preferível não fazer nada do que perder o controle da situação.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Revolução digital na mídia

Encontro internacional discute os caminhos que a internet aponta para o negócio da comunicação

Original: Em Meio & Mensagem
05/03/07 - 17:46


McDonald: uso de métricas digitais aumenta resultados e diminui desperdícios

A internet deixou claro, em 2000, que mudaria a história, mas a explosão da “bolha” no ano seguinte, na Nasdaq (bolsa de valores em que são negociadas as ações das empresas de tecnologia), e os prejuízos em série sofridos por quem foi com muita sede ao pote esfriaram as estimativas mais otimistas. Superados os traumas iniciais e com a maturidade do negócio, alcançada graças à evolução da banda larga, ninguém mais duvida de que a web é tudo aquilo que se imaginava no princípio — e mais um pouco.

Com o objetivo de discutir os efeitos que a revolução digital está promovendo na mídia e na comunicação, Meio & Mensagem, em parceria com a agência A5, realiza nesta terça e quarta-feiras (6 e 7), no World Trade Center, em São Paulo, a primeira edição do Proxxima – Encontro Internacional de Comunicação Digital. Participam dos debates mais de 30 profissionais brasileiros e estrangeiros, convidados para dois dias de palestras e painéis em torno do tema. O evento conta com o apoio institucional do Interactive Advertising Bureau (IAB), entidade que representa os principais portais de internet do País, e os patrocínios de Petrobras, Bradesco e Fiat.

Uma das discussões mais comuns acerca da evolução da internet é se as publicações virtuais vão substituir as impressas. Este será o tema da primeira palestra, a ser realizada às 9h30, no dia 6, com a presença de Drew Schutte, diretor editorial da Wired, revista de tecnologia mais influente do mundo. Para ele, a vida das publicações impressas será eterna: “Acho que sempre existirão pessoas que preferem ler algo no papel, com fotografias atraentes, e que você possa carregar para todo lugar”, avalia.

Em sua apresentação ele também contará a história da Wired, inaugurada em março de 1993, pouco antes do estouro comercial da internet. Com a idéia de falar de tecnologia a partir dos impactos que ela provoca na cultura, na economia e na política, a revista ficou associada à bolha de investimentos que se seguiu e ao posterior desaparecimento de uma série de negócios ligados à rede. Cinco anos depois, a Wired viveu o melhor ano de sua história, e consolidou-se como referência em 2006, com uma circulação estabilizada em 600 mil exemplares. Os outros palestrantes da terça-feira serão T.S. Kelly, vice-presidente e diretor de pesquisa da Media Contacts Global (rede internacional de agências de marketing interativo do grupo Havas), e Leonardo Xavier, executivo da Telvox.

Uma das apresentações mais aguardadas do evento, no dia 7, é a do inglês Nigel Morris, principal executivo da Isobar, que acaba de adquirir o controle acionário da AgênciaClick. Intitulada Comprando ou Criando uma Mídia: Como Gerar Sedução para Manter a Atenção?, a palestra terá como moderador Mauro Calliari, vice-presidente da Editora Abril.

Victor Kong, o vice-presidente de estratégia de novas mídias da MTV Networks Latin America, vai falar na quarta-feira sobre os desafios de se comunicar com o público jovem nesse novo cenário e sobre o potencial da publicidade na web, com destaque para o Brasil — que hoje já representa 70% do mercado publicitário do segmento na América Latina. O quinto convidado internacional é Kirk McDonald, vice-presidente da Atlas and Drivepm, empresa responsável pela gestão de 80% de todo o mercado norte-americano de métricas digitais de agências e anunciantes. O executivo discorrerá a respeito de como utilizar novas e tradicionais tecnologias e visões analíticas de mídia digital visando aumentar os resultados e diminuir desperdícios.

Internet: Administrando a migração da audiência

Original: Em Meio & Mensagem

(RG)
05/03 - 17:39

Uma das questões que mais sensibilizam os anunciantes e os profissionais de mídia é a migração de audiência provocada pela internet.


Suzana Apelbaum, da agência Africa:
Segmentação é a bola da vez

Uma das questões que mais sensibilizam os anunciantes e os profissionais de mídia é a migração de audiência provocada pela internet. No painel Migrando a Audiência e Anunciantes: Como a Mídia Está Administrando Isso? estarão presentes como debatedores André Mantovani (diretor geral da MTV), Flávio Pestana (diretor geral da Gazeta Mercantil) e Rafael Davini (vice-presidente de vendas publicitárias da programadora TBS), mediados por Suzana Apelbaum (diretora de criação da Africa).

Para Suzana, a grande temática a ser discutida pelos profissionais convidados é justamente a mudança no comportamento de consumo de mídia, em especial do público jovem. “Antes bastava anunciar na MTV que estava tudo resolvido, mas hoje não se pode mais esquecer da internet”, diz. Ela também aponta a segmentação como um importante tema a ser debatido no bloco. “É interessante saber falar com o público que interessa, trabalhando dentro dessas possibilidades e sem perder o impacto”, avalia Suzana, destacando os setores bancário e automotivo como os mais envolvidos com o mundo online.

O executivo da MTV, porém, diz que não considera o termo migração o mais apropriado para o fenômeno que se tem observado. “Há uma visão diferente. No meu entender, não há migração, mas um acúmulo de consumo de mídia. Os adolescentes estão dormindo menos, ficando mais tempo ligados. As pessoas se falam menos diretamente e mais por aparelhos”, comenta Mantovani, que promete levar dados ao debate para corroborar a tese.

Nesse cenário, ele acredita que o grande desafio dos anunciantes é estar com sua mídia mais pulverizada, diferenciada e adequada a cada meio. “É um desafio enorme para os criativos”, aponta Mantovani. Ele descarta qualquer impacto na audiência da TV e argumenta que cada tipo de mídia estabelece um vínculo diferente com os vários gêneros de conteúdo. “A qualidade desse vínculo é que faz a audiência. Por isso falamos que a maneira dos jovens de assistir à MTV é diferente”, afirma, lembrando que uma recente pesquisa do Datafolha apontou a MTV como a quinta mais citada pelos entrevistados, mesmo sem ter o mesmo volume de audiência de canais que ficaram atrás dela no levantamento.

Original: Em Meio & Mensagem